Essa semana, em sua fala, o presidente Luís Inácio Lula da Silva comentou sobre o preço dos combustíveis, mas sua fala omitiu diversos fatores que influenciam diretamente no valor final pago pelo consumidor. A falta de transparência na composição dos preços gera uma percepção equivocada e dificulta o entendimento real sobre os valores praticados nos postos. Como o preço é composto: Ao abordar o preço da gasolina, o presidente afirmou que, na refinaria, custa R$ 3,04, com R$ 1,47 de ICMS. No entanto, ele não mencionou dois tributos federais que impactam significativamente o valor antes mesmo do combustível chegar às bombas: • PIS/COFINS: R$ 0,79 (cobrado antecipadamente); • CIDE: R$ 0,10 (incidente sobre cada litro de gasolina). Com esses tributos, o preço da gasolina já atinge R$ 5,40, antes mesmo da inclusão de custos logísticos, margens de distribuição e revenda. No caso do diesel, o Presidente informou que o preço na refinaria é R$ 3,77, com R$ 1,12 de ICMS, mas deixou de citar: • PIS/COFINS: R$ 0,35; • CIDE: R$ 0,10. Assim, o preço do diesel já chega a R$ 5,34, sem considerar os custos adicionais ao longo da cadeia de comercialização. O Impacto dos biocombustíveis no preço final Além da carga tributária elevada, outro fator que influencia o preço dos combustíveis é a obrigatoriedade da adição de biocombustíveis. O combustível que chega aos postos não é a Gasolina A (pura), mas sim a Gasolina C, que contém 27% de etanol anidro. Da mesma forma, o diesel comercializado é o Diesel B, composto por 14% de biodiesel. Embora os biocombustíveis tenham papel na redução de emissões, sua adição obrigatória tem um impacto econômico relevante. O biodiesel é consideravelmente mais caro do que o diesel de origem fóssil, encarecendo o preço final para o consumidor e reduzindo a autonomia dos veículos. A Realidade do Norte e Nordeste Além dos tributos e dos biocombustíveis, as regiões Norte e Nordeste enfrentam um desafio adicional: a forte dependência da importação de combustíveis. Embora a Petrobras pratique preços abaixo dos valores internacionais, boa parte do combustível consumido nessas regiões precisa ser importado, e as distribuidoras compram pelo preço de mercado internacional. Essa dinâmica resulta em um encarecimento ainda maior do produto nessas localidades. No Tocantins, essa realidade tem impacto direto sobre o preço final dos combustíveis, tornando-os mais caros em relação a outras regiões do país. Tributação: o peso dos impostos no preço final Os impostos representam uma parte expressiva do preço dos combustíveis. Dependendo do estado e da composição do produto, a carga tributária pode chegar a cerca de 50% do valor final pago pelo consumidor. Os revendedores, por sua vez, cumprem um papel fundamental na economia, gerando empregos, pagando INSS, FGTS e outros encargos, além de operarem sob normas rígidas e altos custos operacionais. Além disso, os postos de combustíveis oferecem segurança, iluminação, conveniência, atendimento 24 horas, serviços bancários, calibradores, trocas de óleo e diversas outras facilidades aos consumidores. Todos esses fatores agregam custos ao funcionamento dos estabelecimentos. Portanto, é essencial que a sociedade compreenda que o preço final dos combustíveis não depende apenas da margem de lucro dos postos, mas sim de uma estrutura de custos complexa que envolve tributos, custos logísticos e a composição obrigatória dos combustíveis. Por uma política de preços mais justa e transparente A formação do preço dos combustíveis precisa ser debatida de forma mais ampla e transparente. Fatores como a tributação excessiva, a obrigatoriedade da adição de biocombustíveis e a dependência do mercado internacional impactam diretamente os valores pagos pelos consumidores. Para que haja uma redução real nos preços, é fundamental que o governo e os órgãos reguladores discutam soluções estruturais, incluindo: Revisão da carga tributária sobre combustíveis; Maior transparência na formação de preços; Políticas de importação que reduzam custos para regiões dependentes de combustível importado; Incentivos à eficiência logística e operacional da cadeia de abastecimento. Reivindicamos mais transparência e uma política de preços justa, que contemple todos os elos da cadeia de comercialização e beneficie diretamente o consumidor final. Sindiposto-TO
A Petrobras aprovou na sexta-feira (9) um reajuste médio de 4% no preço da gasolina em suas refinarias, o que equivale a R$ 0,07 por litro. O aumento vale a partir de amanhã (10). Também será reajustado o diesel vendido pela Petrobras. O combustível ficará 5% mais caro, o que equivale a 0,0 ...[+]
Pela proposta que tramita na Câmara dos Deputados, em 2030 a regra valerá para todos os veículos com motor 1.6 a 1.8 cilindradas. Depois, será a vez dos carros 1.4 a 1.6 (em 2033) e 1.4 para baixo (em 2035). O projeto obriga que até mesmo os carros elétricos saiam de fábrica adaptados para rec ...[+]
Os contratos futuros de petróleo fecharam a quarta-feira (30) em alta, depois de os dados de estoques nos Estados Unidos terem indicado a terceira queda semanal consecutiva na oferta doméstica de petróleo. As perspectivas renovadas de que um novo pacote de estímulo fiscal seja aprovado no país ta ...[+]
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar na quarta-feira uma ação que busca impedir a venda de refinarias da Petrobras sem licitação ou aval do Congresso Nacional. A tendência é a Corte reafirmar o entendimento fixado do ano passado pelo plenário, de que as exigências são necessárias apenas pa ...[+]
O presidente do STF, Luiz Fux, marcou para o próximo dia 30 de setembro o julgamento dos pedidos do Senado Federal para impedir a venda de refinarias pela Petrobras, sem que a alienação dos ativos seja aprovada pelo Congresso Nacional. As mesas do Senado Federal e do Congresso Nacional querem a s ...[+]
O preço do litro da gasolina vendida nas refinarias às empresas distribuidoras foi reajustado em 4% pela Petrobras. O novo valor foi anunciado pela estatal nesta terça-feira (22) e vale a partir desta quarta-feira (23). O diesel não sofreu reajuste. Segundo o último levantamento semanal disponibi ...[+]
A diretora financeira da Petrobras, Andrea Almeida, disse que a empresa está confiante na aprovação do diesel verde pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O órgão regulador realiza nesta quinta-feira (17) a regulamentação do produto enquanto biocombustível. “Estamos ...[+]
A Petrobras anunciou na noite desta segunda-feira a redução de seus investimentos para os anos de 2021 e 2025. Segundo a estatal, o investimento será entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, ante US$ 64 bilhões anunciados no Plano Estratégico de 2020-2024. A estatal disse que a revisão ocorre por c ...[+]
O preço da gasolina vai a R$ 1,68 nas refinarias a partir desta quarta (9). O etanol hidratado entrou a semana negociado nas usinas em torno dos R$ 1,81. A perda de estímulo ao consumo do renovável é visível, quando a demanda vinha um pouco mais forte. O corte de 5% promovido pela Petrobras (PETR ...[+]
Passado o pior momento da crise do setor de óleo e gás, a Petrobrás está retomando o perfil de produção de derivados de petróleo em suas refinarias. Não só o processamento da matéria-prima aumentou, como o cardápio de produtos mudou e voltou ao que era fabricado antes de a cotação da commodity despe ...[+]
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