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15/07/2019
Dinheiro
Bolsa e dólar começam a semana sob efeito do cenário externo
Depois de já terem absorvido em parte o adiamento da votação do segundo turno da reforma da Previdência na Câmara para agosto, os ativos do mercado financeiro no País podem ser afetados nesta segunda-feira, 15, pelos resultados das Bolsas internacionais e pela queda do dólar em relação à maioria das moedas emergentes, após a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) da China no segundo trimestre para 6,2% – a menor expansão em 27 anos.
Reforma da Previdência
A Comissão Especial da Câmara aprovou a redação final da reforma da Previdência no início da madrugada de sábado, por 35 votos a favor e 12 contra. O texto deve começar a ser votado em segundo turno no plenário da Casa no dia 6 de agosto, após o recesso parlamentar, que começa no dia 18.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que quer entregar a reforma para o Senado até o dia 9 de agosto. Entre os senadores, o Placar da Previdência, elaborado pelo Estado, aponta 42 votos “sim” ao texto, antes mesmo de ele chegar ao Senado. O número representa mais do que a metade do total de senadores, mas ainda está sete votos aquém do mínimo necessário para a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na Casa – 49 senadores.
Na sexta-feira passada, a Câmara concluiu a votação do primeiro turno em plenário com a análise dos destaques. Foram aprovadas mudanças que suavizaram as regras para homens, mulheres, professores e policiais, mas a economia após as mudanças ainda deve ficar em torno de R$ 900 bilhões em dez anos, abaixo do que esperava o governo.
De acordo com a equipe econômica, a perda deve ser compensada pela Medida Provisória 871, convertida na lei 13.846, de combate às fraudes na concessão de benefícios do INSS, que fará com que a União ganhe “pouco mais de R$ 200 bilhões nos próximos dez anos a partir de 2020”. “Entre a PEC da Previdência e a MP 871, teremos impacto fiscal de R$ 1,1 trilhão, aproximadamente”, afirmou o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.
Principais indicadores
O Banco Central divulga nesta segunda o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, referente a maio.
O BC também divulgou o Boletim Focus, com projeções de analistas do mercado financeiro para os principais indicadores. A estimativa para o crescimento do PIB de 2019 mais uma vez teve redução, de 0,82% para 0,81%, a mesma do governo. A previsão dos economistas é que a Selic, a taxa básica de juros, termine 2019 em 5,50% ano ano.
Ao longo da semana são esperadas as divulgações da arrecadação federal e o saldo do Caged, ambos de junho.
Empresas
A locadora de veículos Movida lançou sua oferta subsequente de ações (follow on), que poderá somar R$ 798,8 milhões, considerando o preço da ação de R$ 16,47. Levando em conta a colocação do lote adicional, que poderá chegar a 35% do lote principal da oferta, o volume poderá alcançar R$ 1,078 bilhão. O follow on foi antecipado pela Coluna do Broadcast. A oferta da Movida vem na esteira do bom momento de mercado e pelo desempenho das ações. Em um ano o papel acumula alta de 210%.
A operadora de planos de saúde Hapvida confirmou que realizará sua oferta subsequente de ações (follow on), que poderá chegar em R$ 2,6 bilhões, incluindo na conta a colocação do lote extra e o valor da ação no fechamento de ontem. A oferta é primária, ou seja, injetará recursos no caixa da companhia. Essa operação também foi antecipada pela Coluna do Broadcast. A oferta da Hapvida ocorre pouco depois da emissão da Notredame Intermédica, esta que ocorreu para venda de participação do fundo Bain Capital.
Após reagirem negativamente com a necessidade de importação de combustível para aviação, o que tende a aumentar os custos, Gol e Azul podem ter uma segunda-feira mais otimista, após a Petrobrás informar que a oferta de gasolina de aviação às distribuidoras a partir de Santos foi normalizada. “Há estoque e cargas importadas em prazo suficiente para cobrir a demanda nos próximos meses, mesmo considerando a alta oriunda do período de safra”, informou a companhia.
Cenário externo
As tensões comerciais entre Estados Unidos e China se refletiram nos números de Pequim. O país asiático registrou no segundo trimestre de 2019 crescimento de 6,2% em termos anuais, levemente mais baixo do que as projeções do mercado financeiro de um acréscimo de 6,3% e o menor valor em 27 anos. No Twitter, o presidente dos EUA, Donald Trump, pressionou os chineses, dizendo que as tarifas norte-americanas têm grande efeito no crescimento mais lento em 27 anos.
As Bolsas asiáticas encerraram o pregão desta segunda sem sinal único, mas as Bolsas chinesas subiram apoiadas pelos dados da indústria e do varejo da segunda maior economia do mundo. A indústria da China produziu mais do que o esperado por analistas em junho, ao mesmo tempo em que o comércio varejista do gigante asiático vendeu acima do previsto.
Agenda externa na semana traz a divulgação da produção industrial e das vendas no varejo dos Estados Unidos em junho e ainda do Livro Bege, o relatório sobre a situação econômica do País, na quarta-feira.